Chapéus há muitos!

O artista no filme “A Canção de Lisboa” gritava: Chapéus há muitos! … mas em Istambul há mais e mais bonitos.

Num passeio nocturno ficámos pasmados ao ver no interior de uma loja uma enorme parede coberta de espantosos chapéus: o feltro de todas as cores transformava-se nas mais extraordinárias formas que convocavam criaturas como o polvo, o gato, flores, cogumelos e também formas mecânicas, e duendes e estrelas e …

Foi em 1996 que Seref Ozen e Mustafa Gokhan Demir decidiram alargar o âmbito do seu negócio tradicional – tapetes e tecidos da Ásia Central, do Irão e da Anatólia – e avançaram na área do design e da moda.

Inspirados nos chapéus otomanos, desenvolveram uma versão moderna e ousada propondo aos feltros coloridos formas e feitios novos e arrojados. Para além da loja no Arasta Bazar (nº 93), têm uma pequeno espaço no Grande Bazar (Halicilar Cad # 38 ) que valem bem uma visita.


O feltro é um dos mais antigos tecidos produzidos pela humanidade (pensa-se que terá mais de 8 000 anos) e que, para além da resistente e óptimo conservador de calor, tem a vantagem de não desfiar quando cortado. É com este material que, permitindo tintos de vários matizes, para além dos chapéus se produzem artesanalmente carteiras, pulseiras, colares, brincos, alfinetes e até enfeites para árvores de Natal e outras alegrias.

Não resistimos e, para além de pequenas prendas para amigos, trouxemos um chapéu. Confessamos que não tivemos coragem de o usar na cabeça, mas numa estante brilha como objecto decorativo. Chapéus há muitos mas este é sem dúvida um dos mais bonitos.

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